O Rei do Baião

Antônio Assis
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Marcos Diego Nogueira
ISTOÉ

O cantor e sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga (1912-1989), que revolucionou a música brasileira nos anos 1940 ao fazer do baião um dos ritmos mais populares do País, nunca negou o papel do pai em sua carreira de êxitos. Em um de seus grandes sucessos, “Respeita Januário”, ele conta justamente como, ao voltar famoso à cidade natal, curvou-se ao talento do velho músico, que fazia o diabo com uma sanfona de oito baixos – a dele, de “fole dourado”, tinha 120. No centenário de seu nascimento, a ser comemorado em dezembro, o filme “Gonzaga – de Pai pra Filho” trata basicamente de uma relação paterna – só que, agora, o pai é Gonzagão e o filho, o também músico Gonzaguinha (1945-1991). “Existem diversas formas de mostrar a história de Gonzagão. Preferi tratá-la do ponto de vista do filho que ele havia abandonado”, diz o diretor Breno Silveira, que com “2 Filhos de Francisco” provou que é craque nesse tipo de abordagem ao entrelaçar a trajetória de artistas em busca da fama com o sempre cativante drama familiar.

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