Se já estava com pouca disposição para mergulhar de cabeça nas eleições municipais, o governador Eduardo Campos tem agora um motivo justo para ficar distante dos palanques: a seca. Os informes que ele recebeu dos técnicos da área indicam que a seca deste ano será uma das maiores das últimas três décadas, o que vai exigir dele e dos seus auxiliares dedicação exclusiva ao assunto.
Não significa que ele vá ficar indiferente à montagem das chapas em municípios em que o PSB é favorito para eleger o próximo prefeito. E sim que deve reprisar o mesmo comportamento adotado nas eleições de 2008. Onde a Frente Popular estiver unida, estará disponível para subir no palanque; onde a unidade não for possível, assistirá à disputa de camarote. Essa fórmula deu tão certo que na sua sucessão em 2010 a Frente, em vez de encolher, agregou novas forças ao seu conjunto.
Parece sincera a declaração do governador de que não pode deixar em plano secundário as questões administrativas para dedicar-se prioritariamente ao “eleitoral”. Do governo cuida ele e das eleições cuidam os partidos, salientou, negando declarações de candidatos do PSB de que estaria presente em seus palanques, mesmo com a Frente dividida. Pelo que se soube até agora, ele abrirá exceção em Goiana onde irá pedir votos para Carlos de Joca, com ou sem unidade da Frente Popular.
A divisão - O PSB de Ipojuca está literalmente dividido nessas eleições municipais. O ex-deputado Marcos Queiroz e o ex-vereador Adelmo Alves querem disputar a prefeitura, uma ala defende aliança com o prefeito Pedro Serafim (PDT) e outra um entendimento com o deputado Carlos Santana (PSDB).