Sob denúncias de fraudes e revolta da oposição, Putin vence no 1º turno

Antônio Assis
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Talita Eredia, Estadão.com
Apesar das milhares de denúncias de fraude na eleição presidencial russa, Vladimir Putin declarou-se vitorioso ontem ressaltando a disputa "aberta e honesta". Ele volta para o seu terceiro mandato e será o primeiro presidente com um período de 6 anos.
Com 50% das urnas apuradas, Putin tinha 64,4% dos votos, mais do que o triplo do segundo colocado, o comunista Gennadi Zyuganov (17,1%), que qualificou a eleição de "ilegítima"
"Provamos que nosso povo é capaz de distinguir o desejo pelo novo das provocações políticas que tinham um único objetivo: desintegrar o Estado russo e usurpar o poder. Ganhamos hoje porque prevaleceu o maciço apoio do nosso eleitorado. Não prometi para vocês que ganharíamos? Ganhamos. Glória à Rússia", disse o presidente eleito em discurso emocionado diante do Kremlin.
O choro de Putin rendeu comentários citando o filme soviético da década de 80 Moscou não Acredita em Lágrimas, de Vladimir Menshov.
Segundo colocado, Zyuganov negou-se a reconhecer o resultado. Os demais candidatos não alcançaram nem 10% dos votos. O independente Mikhail Prokhorov era o terceiro colocado com 6,9%, seguido pelo nacionalista Vladimir Jirinovski (6,7%) e pelo social-democrata Sergei Mironov (3,7%).
Prokhorov prometeu ontem fundar um novo partido e disputar a eleição presidencial de 2018. Putin já afirmou que pretende concorrer a um novo mandato, que seria o quarto de sua história política.
Os eleitores que foram às urnas, governistas ou opositores, tinham a certeza da vitória de Putin no primeiro turno. Em todo o país, 58,3% dos eleitores votaram, comparecimento inferior aos 64% registrados na votação de 2008, que elegeu Dmitri Medvedev. Em Moscou, metade da população votou (49,3%). A região com maior comparecimento foi a Chechênia, com 94,8%.
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