DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo
A decisão da presidente Dilma Rousseff de trocar os líderes do governo na Câmara e no Senado não encerra mistério: é dela a prerrogativa de escolher para essas funções pessoas que cumpram os requisitos de confiança e afinidade.
Se não atendem ou a partir de determinado momento deixam de atender ao que convém ao governo, a substituição é o movimento natural. Até aí, tudo nos conformes.
Resta nebuloso, entretanto, o nome do jogo que a presidente pretende disputar com profissionais de um ramo no qual ainda é aprendiz. Se Lula não operar no bastidor, ela entra em desvantagem.
Dilma quis tirar Romero Jucá para afirmar autoridade ante a derrota comandada pelo PMDB em votação no Senado e, no embalo, aproveitou para livrar-se de Cândido Vaccarezza na Câmara cravando uma na ferradura do PT para ser "justa"?
Pode ser, mas não tem muita lógica. O problema não está nas pessoas, mas nos procedimentos, na maneira como a coisa vem funcionando. Mal. O atrito não é causa, é consequência de um conjunto de insatisfações.
Sendo elas generalizadas - prova está na manifestação pluripartidária de contrariedade - e em boa medida oriundas da forma de Dilma Rousseff governar, não podem ser resolvidas com providências pontuais e/ou desconectadas da natureza da questão.
A decisão da presidente Dilma Rousseff de trocar os líderes do governo na Câmara e no Senado não encerra mistério: é dela a prerrogativa de escolher para essas funções pessoas que cumpram os requisitos de confiança e afinidade.
Se não atendem ou a partir de determinado momento deixam de atender ao que convém ao governo, a substituição é o movimento natural. Até aí, tudo nos conformes.
Resta nebuloso, entretanto, o nome do jogo que a presidente pretende disputar com profissionais de um ramo no qual ainda é aprendiz. Se Lula não operar no bastidor, ela entra em desvantagem.
Dilma quis tirar Romero Jucá para afirmar autoridade ante a derrota comandada pelo PMDB em votação no Senado e, no embalo, aproveitou para livrar-se de Cândido Vaccarezza na Câmara cravando uma na ferradura do PT para ser "justa"?
Pode ser, mas não tem muita lógica. O problema não está nas pessoas, mas nos procedimentos, na maneira como a coisa vem funcionando. Mal. O atrito não é causa, é consequência de um conjunto de insatisfações.
Sendo elas generalizadas - prova está na manifestação pluripartidária de contrariedade - e em boa medida oriundas da forma de Dilma Rousseff governar, não podem ser resolvidas com providências pontuais e/ou desconectadas da natureza da questão.