Meia volta

Antônio Assis
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Gilberto kassab disse hoje ao blog com toda a clareza: se José Serra for mesmo candidato à prefeitura de São Paulo, as conversas com o PT serão interrompidas porque o PSD ficará com Serra.
– Em política, a transparência é muito importante. Não há como negar minha aproximação com Serra, tanto que digo que esta é uma gestão Serra/Kassab – disse há pouco o prefeito.
Ele afirma que não tratou de política com a presidente Dilma Rousseff no encontro que tiveram ontem, no final da tarde.
Kassab que não acreditava mais na candidatura de Serra a prefeito, tanto que já havia aberto as conversas com o PT, nota uma inflexão do ex-governador. “Antes, ele estava descartando a possibilidade; agora, ele já não descarta mais”, afirmou.
O prefeito conta que quando teve a primeira conversa com o PT foi logo avisando que se Serra não fosse candidato, se o PSDB não apoiasse a candidatura de Afif Domingos, o PSD poderia se aliar com o PT. Com a explicação ele confirma o que vem dizendo Rui Falcão há algum tempo: que o PR é a terceira opção de Kassab.
Mas a desenvoltura com a qual ele conversou com o PT surpreendeu até os aliados dele, como o PSB. Os líderes do PSB haviam combinado de encaminhar juntos a conversa com o PT, mas Kassab foi mais rápido, se antecipou e conversou com Lula.
Neste momento, com o PSD na aliança ou não, o PSB tenta fazer uma inflexão para se aliar ao PT emSão Paulo. Tem até um nome para vice: Luíza Erundina, que já foi prefeita eleita pelo PT em 1988. Se essa aliança se confirmar, o PSB vê aberto o caminho para lançar candidato próprio em Recife – no caso, o atual ministro da Integração, Fernando Bezerra, que já transferiu o titulo de Petrolina para a capital de Pernambuco.
Cristiana Lôbo

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