Durante dois dias, 25 e 26 de julho, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) proporcionou um debate substancioso sobre o centro do Recife, um território que passa por problemas estruturais e sociais. No Fórum Centro do Recife: Desafios e Soluções, organizado pelo Núcleo de Proteção ao Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (NPHAC) e pela Escola Superior do MPPE, especialistas de diversas áreas trouxeram ideias e experiências para que se tornem medidas efetivas, no sentido de reverter o estado de degradação em que se encontram os bairros que compõem o coração da capital pernambucana, atualmente com prédios degradados, comércios fechados, grande acúmulo de pessoas em situação vulnerável, etc.
O resultado foi considerado extremamente proveitoso pelos participantes, diante de um público que quase lotou o auditório do Centro Cultural Rossini Alves Couto, na Boa Vista. A conclusão foi de que existem saídas e de que é possível reconstruir esse centro do Recife, que a maioria considera não apenas local de compras e trabalho, mas de lembranças afetivas, lugar histórico, com edifícios, obras de arte e espaços que carregam momentos expressivos do passado, presente e futuro, não só de Pernambuco, mas do Brasil. Assim, podem se somar soluções de curto, longo e médio prazo, para que a população sinta que o trabalho é feito e não estaciona.
Na abertura, o procurador-geral de Justiça do MPPE, enalteceu a iniciativa e a descreveu como de grande importância para o Ministério Público. "Precisamos sair daqui com propostas robustas para que o poder público possa colocá-las em prática. Algo que se concretize e tenha efetividade", afirmou ele.
O coordenador do NPHAC, o promotor de Justiça José da Costa Soares, analisou das discussões como avaliações críticas e construtivas, que, somadas, montaram reflexões nos presentes e vão se coadunar em uma Carta de Conclusões, que será redigida em conjunto e divulgada em breve como síntese dos dois dias de debates. "Trata-se de um cenário de desafios e de soluções que não são fáceis, nem imediatas. O MPPE reconhece as necessidades sociais e o atual momento do centro do Recife. Assim, traremos respostas pensadas e sólidas que foram expostas em nosso fórum para que o trabalho de recuperação seja fortalecido", revelou ele.
O diretor de ESMP, o procurador de Justiça Sílvio Tavares, frisou que "chegar a consensos sobre as possíveis saídas é o que dá a perspectiva de que dá para restaurar o centro do Recife, com novas visões baseadas em estudos e experiências que deram certo".
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