Sem alarde, Wi-Fi gratuito é retirado dos ônibus BRT

Antônio Assis
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Internet era oferecida desde o ano passado
Foto:Paulo Uchôa

Jorge Cosme
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No mês de maio de 2016, foi anunciada com pompas a instalação de rede Wi-Fi gratuita nos ônibus do sistema Bus Rapid Transit (BRT) da Região Metropolitana do Recife (RMR). No final deste ano, entretanto, os adesivos que indicavam o serviço foram arrancados e a opção não está mais acessível aos passageiros.

A assessoria do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) lembrou que se tratava de um projeto piloto e confirmou a retirada do serviço. A funcionalidade está sob análise e não existe previsão para que volte.

Assim como o próprio sistema de BRT, o Wi-Fi nunca funcionou completamente bem. Para acessá-lo, era preciso conectar através do Facebook ou email. Em alguns locais do trajeto, ele sofria interferências e, em várias oportunidades, a conexão não era estabelecida. Nas situações em que funcionava, entretanto, a conexão era rápida. Alguns aplicativos como Instagram e Spotify não rodavam. 

Segundo informações que constam no site da Urbana, a rede Wi-Fi no corredor Leste-Oeste foi um investimento particular do Consórcio MobiBrasil, com o custo de R$ 37.800 por ano. Para a instalação dos equipamentos, teriam sido gastos R$ 160 mil. O objetivo era, após a fase de testes, realizar um chamamento público para arrumar patrocínio. 

A possibilidade de usar a internet de forma gratuita dentro de um transporte público soava como um símbolo de sistema mais moderno e atual. Questões como medo de assalto e a necessidade de vários passos para o acesso podem ter afastado os usuários de usarem mais o recurso.

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