Restauração dos 30,7 quilômetros do contorno urbano da BR-101 no Recife começou, mas com erros que serão lamentados pela população no futuro.
Foto: Arnaldo Carvalho/Drone JC
JC Online
A tão esperada restauração do chamado contorno urbano que a BR-101 faz da Região Metropolitana do Recife, ansiosamente aguardada há pelo menos 20 anos, começou com equívocos que o poder público – nesse caso os governos federal e estadual – estão fingindo não ver. O primeiro e mais grave é a escolha do pavimento que irá substituir o que restou das placas de concreto implantadas 42 anos atrás, quando o contorno foi construído.
"O governo simplesmente escolhe o tipo de pavimento pensando em economizar, de se ajustar à falta de recursos. Mas é preciso lembrar que o pavimento flexível tem uma vida útil muito menor do que o pavimento de concreto. O asfalto, com a manutenção correta, não passa de dez anos, enquanto o concreto chega a 20 anos”, - Maurício Pina, professor

Principalmente diante da importância que o contorno urbano da BR-101 tem para o sistema de transporte da Região Metropolitana, seja por ônibus ou metrô. O alerta é feito por dois nomes de peso quando o assunto é mobilidade urbana: professor Maurício Pina, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e o consultor em transporte público Germano Travassos.