Náutico precisa de rendimento de campeão para não cair

Antônio Assis
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Para técnico, missão de tirar o time do Z4 "beira à loucura"
Foto: Paullo Allmeida

Willian Tavares
Folha de Pernambuco

O Náutico tem sido um péssimo aluno em 2017. Daqueles que vive bagunçando na sala de aula, ora fazendo o dever de casa, ora esquecendo. Além disso, não tem bom desempenho quando está longe do colégio. Acredita que basta estudar de última hora para tirar nota boa. Na disciplina "Série B", o Timbu está de recuperação. O esforço no trimestre final esbarra no péssimo início de ano. Mas a aprovação ainda pode acontecer. Nos últimos 10 jogos da Segundona, o clube precisa vencer no mínimo sete para escapar do rebaixamento à Série C. Ou seja, ganhar 70% dos pontos em disputa. Para isso, será preciso um aproveitamento digno de um estudante dedicado, tudo que o clube demonstrou não ser nesta temporada.

A matemática alvirrubra é baseada na média de pontos dos clubes que terminaram no passado na 16ª posição da Série B (44 pontos). Atualmente na 19ª colocação, com 23, o Alvirrubro tem um aproveitamento de apenas 27,4%. Ou seja, seria preciso mais do que dobrar o rendimento. Analisando apenas os números com Roberto Fernandes, a porcentagem sobe para 40%. Nos 10 confrontos que esteve à frente do clube, o técnico ganhou quatro (todas como mandante) e perdeu seis. 

Nem mesmo o último clube que protagonizou uma reação histórica na Segundona conseguiu um aproveitamento tão alto. O Ceará, em 2015, viveu situação parecida com a do Náutico. Após 28 rodadas, o time tinha 26 pontos (três a mais que o Timbu atualmente), ocupando o 17º lugar. Nos últimos 10 jogos, o Vozão venceu seis, empatou um e perdeu três. Um desempenho de 63,3%. O Internacional, atual líder da Segundona, tem 64,3%. Para evitar a queda, o Timbu precisará de uma média digna de um campeão

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