Grito dos excluídos nas ruas do Recife
Foto: Brenda Alcântara
Tatiana Notaro e Jacielma Cristina
Folha de Pernambuco
O Grito dos Excluídos e Excluídas, que terminou no início da tarde desta quinta (7), reuniu em torno de 3 mil pessoas, membros de movimentos sociais, da igreja e de sindicatos trabalhistas. Segundo o membro da organização, Marcos Vinicius Albuquerque, este ano, a mobilização traz protesto contra as reformas trabalhista, previdenciária e do ensino médio.

Por volta das 11h, o grupo saiu em caminhada em direção à avenida Conde da Boa Vista. Membros de movimentos como a Marcha das Mulheres e o Movimento Sem Terra (MST), além de pessoas ligadas ao Sindicato dos Bancários, representes da Chesf e do Sinpol, somando cerca de 35 entidades, estiveram presentes.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Veras reforçou a importância do ato para dar voz aos excluídos das políticas públicas "que estão sendo atingidos pelo governo ilegítimo" e criticou a privatização da Chesf. "É o mesmo que privatizar o rio São Francisco", alegou.
"Este ato é sempre no dia da pátria e do apátrios. Estamos em um momento, no País e
no mundo, em que a política está atormentando a todos", disse o escritor Jomard Muniz de Britto, que esteve também no ato.
Assim como em outras edições, integrantes do PT e PSOL compareceram ao ato como o ex-deputado federal Fernando Ferro e a deputada estadual Teresa Leitão, ambos do PT; e o vereador do Recife, Ivan Moraes Filho (PSOL).
Igreja
"O Papa Francisco disse que a prática da politica é uma das mais sublimes da caridade cristã porque luta pelo bem comum", disse o frei Aloísio Fragoso, em nome da Igreja Católica. Ele explica que, do ponto de vista cristão, é como o próprio nome do movimento, em prol de todos os excluídos. A manifestação acontece em quase todas as capitais brasileiras.