Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Prefeitura do Recife se reuniram na tarde desta quinta-feira (13) para discutir o funcionamento do Hospital Veterinário do Recife, inaugurado no dia 8 de junho.

A servidora do Caop Meio Ambiente, Maria do Rozário Malheiros, destacou os pontos que mais chamaram a atenção durante a vistoria no hospital. “Constatamos um odor forte vindo da recepção, onde ficam os animais, além do lugar não oferecer ventilação. A vacinação não estava funcionando e o bloco cirúrgico não tem impermeabilização, o raio-X estava inoperante e nos banheiros faltavam itens básicos”, detalhou.
Em seguida, o gerente-geral de Gestão da Prefeitura do Recife, João Marcelo Figueiredo, informou que a Prefeitura pretende realizar a inauguração da segunda parte dos serviços oferecidos pelo hospital, além de uma seleção simplificada para contratar mais veterinários. Sobre a acessibilidade do hospital, que se localiza no bairro do Cordeiro, ele rebateu as alegações e informou que a unidade “está situada em um lugar central do Recife, para quem vem de diversas áreas”.
O representante da Procuradoria do Município do Recife informou que as questões básicas ressaltadas na vistoria seriam resolvidas no dia a dia, mas não estipulou uma previsão para corrigir as falhas apontados pelo relatório do MPPE.
O promotor de Justiça Ricardo Coelho explicou que, caso o município não promova as adequações necessárias para o pleno funcionamento do Hospital Veterinário do Recife, diante das irregularidades apontadas na vistoria do MPPE, poderá adotar as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis.
Entenda o caso – inaugurado na primeira semana de junho, o Hospital Veterinário, administrado pela Prefeitura do Recife, teve problemas de atendimento relatados por vários internautas e usuários através de redes sociais, com postagens e vídeos. Em alguns casos, a população alegou não teve sua entrada permitida, tendo sido informada que o atendimento seria apenas com agendamento prévio.
Na época, a assessoria de imprensa da Secretaria Executiva de Direitos dos Animais do Recife negou a falta de atendimento e a superlotação da unidade, salientando que os animais devem ser levados por adultos em caso de emergência e informando, ainda, que o hospital funciona em horário comercial.