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Pista remendada, asfalto com ondulações, buracos. Este é o retrato dos 30 quilômetros do perímetro urbano da BR 101 que vai de Jaboatão dos Guararapes a Paulista. A via foi duplicada em 1976. De lá para cá, passou por uma série de requalificações. Algumas bem recentes. Mas basta que cheguem as chuvas para os buracos aparecerem, atormentado a vida dos motoristas.

Continuando no sentido Recife, a situação se repete nas imediações da Muribeca. E logo o trânsito para. A causa é um buraco que de tão profundo interrompeu o tráfego em uma das faixas. Os motoristas reclamam do tempo perdido. “Trabalho na Ceasa e passo por aqui com frequência. Sempre perco uma hora aqui por causa desses buracos. A gente paga tantos impostos e tem que conviver com isso”, reclama.
Em um outro trecho, os motoristas não têm opção já que as duas faixas e até o acostamento estão comprometidos. Menos de 200 metros depois nossa equipe de reportagem encontrou um carro com três pneus furados. O dono do veículo conta que durante a madrugada não enxergou os buracos e por pouco não foi vítima de um acidente. “Estava levando minha mulher para o Hospital das Clínicas quando cai nos buracos. Meu carro poderia ter capotado e minha irmão poderia estar nesse momento estar sendo atendida por ter se acidentado. Tive que comprar dois pneus. Uma despesa inesperada”, afirma o marceneiro Ednaldo de França.
Chegando ao Ibura, nas imediações da Vila dos Milagres, o trânsito para mais uma vez. A causa é a mesma: buracos. Os motoristas praticamente param os carros para passar pela cratera. Nas imediações da Universidade Federal de Pernambuco, mais de um quilômetro de trânsito lento por causa do asfalto desgastado e com ondulações.
Tapa-buraco
Na Guabiraba, sentido Paulista, trecho tradicionalmente complicado, operários trabalham no recapeamento da pista. Mas quem segue no sentido contrário, voltando para o Recife sofre com os buracos. O balanço dos carros e caminhões dá a impressão de que eles estão passando por um tobogã. O trânsito fica tão lento que ambulantes aproveitam para vender pipoca. Mas não há quem não reclame. “Aqui a gente não acende o farol para evitar multas, Mas para enxergar os buracos. Isso é um absurdo”, conclui o administrador Arlindo Araújo.