Rezoneamento, questionado por promotores do STF, é alvo de protestos de servidores da Justiça Eleitoral
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JC Online
A Associação Nacional de Membros do Ministério Público (Conamp) ingressou nesta segunda (26/06) com uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a extinção de zonas eleitorais no Brasil, medida determinada por resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Alega que o rezoneamento fere a Constituição Federal e pede liminar suspendendo os efeitos da medida.

“Além de configurar nítido retrocesso, há clara ilegalidade e inobservância de preceitos fundamentais”, diz a ação contra o rezoneamento, que alega haver prejuízos graves ao eleitor, que terá de percorrer longas distância para ter acesso à Justiça Eleitoral. “A redução de zonas eleitorais afeta o trabalho da Magistratura e do Ministério Público, enfraquecendo a fiscalização do processo eleitoral”, afirma a Associação Nacional do MP, para quem o rezoneamento atrapalhará o combate à corrupção.
"Fica evidente a tentativa de desmonte da Justiça Eleitoral, justamente quando mais precisamos intensificar a fiscalização. É um ataque vil aos pilares da democracia. Não dá para garantir eleição limpa sem os árbitros do processo. Com o rezoneamento pretendido, fiscalização nas eleições será um faz de conta", observa Roberto Brayner, presidente da Associação do Ministério Público de Pernambuco (Amppe).