Blog do Jamildo
A Polícia Federal afirmou nesta terça-feira (31) que a empresa investigada na Operação Vórtex, um desdobramento da Lava Jato, fez doações eleitorais principalmente ao ex-governador Eduardo Campos (PSB) e a aliados do socialista, que teriam crescido exponencialmente. Em nota, o PSB de Pernambuco questionou os números divulgados pela polícia.
“No período 2006-2014 a empresa Lidermac fez apenas uma doação à campanha majoritária do PSB, no ano de 2014, no valor de R$ 500 mil, legalmente recebida e declarada à Justiça Eleitoral, que aprovou a prestação de contas”, diz a nota dos socialistas.

O PSB de Pernambuco afirmou que as candidaturas majoritárias do partido não receberam doações nessas campanhas. Em 2010, ano citado pela PF, o valor doado pela Lidermac foi para Ana Arraes (PSB), mãe de Eduardo Campos, então candidata na proporcional a deputada federal e hoje ministra do Tribunal de Contas da União (TCU).
Em 2014, do total de R$ 3,8 milhões doados pela empresa, fontes ligadas à PF afirmaram que R$ 1,5 milhão teriam sido repassados para campanhas do PSB, incluindo a do governador do Estado, Paulo Câmara, mas frisando que não foram encontradas irregularidades.
“Quanto ao mencionado valor de R$ 1,5 milhão, o mesmo não procede. Ao analisar todos os registros no sistema de prestação de contas da Justiça Eleitoral, se identifica um equívoco de aritmética. Os responsáveis pela apuração somaram três vezes a mesma doação de R$ 500 mil durante sua tramitação do Diretório Nacional, que a recebeu, para o Diretório Estadual, que a repassou ao comitê financeiro da campanha do candidato a governador”, diz ainda o PSB de Pernambuco sobre os números.
E conclui a nota: “A direção estadual do PSB se mantém à disposição da sociedade, das autoridades e dos meios de comunicação para fazer novos esclarecimentos, se necessário, ressaltando seu compromisso com a ética, a transparência e a verdade.”
“Com relação a notícias publicadas pela mídia no dia de hoje, a respeito da Operação Vórtex da Polícia Federal em Pernambuco, a direção estadual do PSB vem a público para fazer as seguintes considerações:
1. São estranhos os números divulgados pela Imprensa supostamente como resultado de apurações realizadas pela PF.
2. No período 2006-2014 a empresa Lidermac fez apenas uma doação à campanha majoritária do PSB, no ano de 2014, no valor de R$ 500 mil, legalmente recebida e declarada à Justiça Eleitoral, que aprovou a prestação de contas.
3. Não houve doação da empresa Lidermac a candidaturas majoritárias do PSB em nenhuma das outras campanhas mencionadas (2006, 2008, 2010 e 2012) sendo que os valores listados pela imprensa correspondem a contribuições a outras candidaturas e agremiações partidárias.
4. Quanto ao mencionado valor de R$ 1,5 milhão, o mesmo não procede. Ao analisar todos os registros no sistema de prestação de contas da Justiça Eleitoral, se identifica um equívoco de aritmética. Os responsáveis pela apuração somaram três vezes a mesma doação de R$ 500 mil durante sua tramitação do Diretório Nacional, que a recebeu, para o Diretório Estadual, que a repassou ao comitê financeiro da campanha do candidato a governador.
A direção estadual do PSB se mantém à disposição da sociedade, das autoridades e dos meios de comunicação para fazer novos esclarecimentos, se necessário, ressaltando seu compromisso com a ética, a transparência e a verdade.”