Maratona aconteceu no Paço Alfândega durante 48 horas
Tato Rocha/JC Imagem
JC Online
Já pensou em jogar o lixo na lixeira e ganhar créditos no seu Vale Eletrônico Metropolitano (VEM)? E que tal tocar em um monumento e permitir que ele conte sua história? Ou chegar a um lugar e ele mesmo lhe apresentar outros espaços interessantes da cidade? E em usar os ônibus para mapear a situação das calçadas já pensou? Estudantes recifenses de vários cursos pensaram. E tiveram 48 horas para desenvolver as ideias em grupo. O Makeathon Fab City, maratona colaborativa de fabricação digital da Virada Maker, terminou neste domingo, no shopping Paço Alfândega, Centro.

Todos os participantes foram premiados com cursos de fabricação digital da Fab Lab, mas os vencedores levaram a pemiação em dobro. E os estudantes não pretendem parar por aí. "Vamos estudar a possibilidade de levar o produto ao mercado. Se der tudo certo, dentro de um ano vamos estar com a lixeira na rua", afirma o estudante de computação Carlos Pena, 20.
“Optamos por não oferecer premiação em dinheiro e sim um incentivo, pois a ideia é estimular o ‘faça você mesmo’. Os participantes deveriam buscar soluções físico-digitais para problemas da cidade e entregar um protótipo em 48 horas. Eles trabalharam tão bem em grupo que resolvemos premiar todos”, explica a designer de produtos Cris Lacerda, uma das sócias da Fab Lab, responsável pela maratona.
O estudante de engenharia civil Pedro Castilho, 23 anos, participou do grupo que desenvolveu uma interface tátil para objetos, com sensor de toque. “Se, por exemplo, a pessoa toca num monumento vai ouvir toda a história dele. E também criamos um aplicativo para pessoas com deficiência auditiva. É uma forma diferente de interagir e de descobrir coisas novas através do toque”, revela.
A maratona foi uma das atividades da 1ª Virada Maker do Brasil, promovida pela Fab Lab, e começou na sexta (27). O evento teve palestras, oficinas, rodada de negócios e atividades infantis, envolvendo artes, arquitetura, urbanismo, moda, ciência e tecnologia. A maratona encerra o evento na tarde deste domingo.
Praias do Capibaribe
O Coletivo Praias do Capibaribe, que vem incentivando a convivência cidadã às margens do rio, montou piscinas, cadeiras e guarda-sóis ao lado do shopping, como parte do evento. Mas, ao contrário de outras edições (são mais de 30), pouca gente aderiu. Uma das produtoras, a arquiteta Luciana Carvalho, 28, informa que o grupo está em busca de financiamento (via a plataforma catarse) para viabilizar as intervenções.