Bruno Marinho G1 PE
As polícias civil, federal e científica descartaram, na tarde desta segunda-feira (27), a possibilidade de interferências externas ou de falhas na perícia nas investigações da morte do empresário Paulo Cesar Morato, encontrado em um motel em Olinda na noite de 22 de junho. Durante a manhã desta segunda, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) cobrou transparências nas investigações alegando que o trabalho dos peritos não foi realizado como deveria.

“O perito papiloscopista entendeu que poderiam ser feitas mais perícias e, sem comunicar à Gleide e à Vanja, deixou um documento para os peritos de plantão do dia seguinte, que entenderam que deveriam ir até o local para fazer as perícias complementares. Houve um ruído na comunicação: o perito não se expressou direito. Mas não houve uma falha da investigação: todas as perícias possíveis foram efetuadas. A perícia complementar, segundo a própria delegada que coordena a investigação, não seria necessária e é ela que coordena a investigação, e não seus auxiliares”, afirmou Alexandre Lucena.
Lauro Macena, o perito papiloscopistaque preencheu o documento solicitando continuidade da perícia no dia seguinte, revelou que avisou verbalmente à delegada Gleide Ângelo sobre tal necessidade.
“É um procedimento de praxe quando se tem um local amplo com muitos objetos, mas a autorização para a perícia é dada pela presidente do inquérito, a delegada. Comuniquei verbalmente, mas quem toma a decisão e pede a necessidade da perícia é ela. O local estava muito tumultuado, talvez eu tenha pensado que ela entendeu, mas ela não entendeu. Houve uma falha de comunicação, pois os peritos só poderiam ir com a autorização da delegada”, afirmou.