Antônio Figueira voltou a ser alvo de queixas. Situação econômica difícil prejudica ainda mais a relação
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JC Online
As críticas à articulação política feita pelo secretário da Casa Civil, Antônio Figueira, existem desde o início da gestão Paulo Câmara (PSB) e voltaram a se intensificar recentemente. As queixas feitas por deputados estaduais e, sobretudo, prefeitos são no sentido de que o auxiliar do governador é muito duro nas respostas dos pleitos apresentados no Palácio do Campo das Princesas.
Assim como nas reclamações sobre Sileno Guedes, da Prefeitura do Recife, os queixosos não se apresentam abertamente com receio de retaliações. O incômodo não surge apenas de integrantes do PSB, mas parte também de pessoas de outros partidos incorporados à ampla coligação que ajudou a eleger o governador Paulo Câmara em 2014.
A defesa de Figueira é feita por um dos seus secretários-executivos, André Campos. "É uma coisa injusta com o secretário. Vejo que ele procura sempre retornar, recebe as pessoas. Tem deputado que esteve com Figueira mais de 30 vezes", afirma.
Com a experiência de quem foi deputado estadual, André Campos enfatiza que as queixas de aliados são naturais, principalmente em tempos de crise econômica e em ano eleitoral. "É pior com a situação financeira complicada. Os prefeitos e deputados têm uma série de demandas e quando elas não são resolvidas vem a chiadeira. Quando o período eleitoral vai se aproximando, a coisa se acirra. As bases dos deputados pressionam e ele fica preocupado com o prefeito aliado. O prefeito fica preocupado com a reeleição ou com a eleição do seu sucessor", fala.
Em reserva, outros aliados do governador afirmam que Figueira melhorou bastante sua relação com deputados e prefeitos, porém apontam que o secretário poderia ser mais flexível para não fechar os canais de negociação na Região Metropolitana e no interior.
A leitura dos aliados de Paulo Câmara é que o PSB no Estado não pode se descuidar da articulação política porque a eleição para governador entrará na pauta política ainda este ano, assim que passar o pleito municipal. A regra, então, é cativar as lideranças políticas para a Frente Popular não se esfacelar a caminho de 2018.