Campanha “Doe livros infanto-juvenis” recebeu 700 obras

Antônio Assis
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Luana Nova
Folha-PE

Uma biblioteca, centenas de leitores, milhares de histórias. Apesar de todo conteúdo lúdico e educativo disponível na biblioteca do Centro Comunitário da Paz (Compaz), no Alto Santa Terezinha, Zona Norte do Recife, as histórias mais cativantes são as dos próprios leitores, moradores da comunidade que tiveram as suas vidas transformadas pelo acesso à leitura.

Muito mais que um ambiente de leitura, o equipamento é um espaço que proporciona experiências. Não à toa foi conceituada “Biblioteca Viva”. Para arrecadar obras, a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) lança a campanha “Doe livros infanto-juvenis”. A ação social, que incentiva a formação de jovens leitores no Estado, já recebeu mais de 700 títulos. 

Segundo o chefe de Polícia, Antônio Barros, a leitura transforma as pessoas, que transformam o mundo de modo positivo. “Não é só investigar, não é só reprimir. A equipe de polícia tem que contribuir de alguma maneira com o social”, enfatizou Antônio.

Inicialmente, a ação era voltada para a instituição da polícia. Todavia, devido a sua boa receptividade, principalmente nas redes sociais, todos os interessados podem doar livros infanto-juvenis, que devem ser novos ou seminovos, até o dia 15 de junho.

As doações podem ser feitas na sede operacional da PCPE, situada na Rua da Aurora, nº 405, área Central do Recife, assim como na Delegacia Seccional mais próxima da sua residência. A entrega dos livros ao Compaz acontece às 10h da sexta-feira, 17 de junho.

Com capacidade para abrigar 20 mil livros, a biblioteca do Alto de Santa Terezinha abriu as portas com um acervo de 5.500 livros, em março. Atualmente, 90 dias depois, já abriga mais de 10 mil. Número alcançado graças à doação de editoras, empresas e também de pessoas físicas.

Todo o material deve estar em excelente conservação. Eles também abastecem as bibliotecas de Casa Amarela e de Afogados.

Essa gama de títulos novos, interessantes e atrativos está possibilitando uma mudança na vida de muitos jovens, que agora fazem da leitura um hábito. Aberta das 9h às 17h, mais de 200 pessoas acessam a biblioteca, por turno, e podem aproveitar o mundo da literatura.

Para a estudante Karolayne Lima, 17 anos, o Compaz simboliza um grande avanço. “Antes aqui era um lugar sem nada. Agora, a gente pode se reunir para ler, fazer trabalho da escola. Isso tirou a galera da rua”, contou.

Sua programação diária inclui palestras, oficinas e rodas de diálogo com convidados e com a própria equipe, estimulando a interação social. Segundo o Secretário Executivo de Segurança Urbana e Vice-diretor do Compaz, Eduardo Machado, já houve mudança de hábito. “Muitos nunca tinham lido um livro sequer e, a partir da abertura da biblioteca, há três meses, já conseguiram ler alguns.

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