A primeira reunião do presidente interino, Michel Temer, com sua equipe ministerial está marcada para as 9h de hoje. Na mesa, quatro representantes de Pernambuco terão assento: Mendonça Filho (Educação), Bruno Araújo (Cidades), Raul Jungmann (Defesa) e Fernando Filho (Minas e Energia). A escalação aponta para um dos reflexos imediatos da nova administração do Planalto na esfera local: uma geografia política diferente. A posse dos ministros pernambucanos gera uma pluralidade de polos de poder. Se, até pouco tempo, o ex-governador Eduardo Campos exercera um poder hegemônico com as demais siglas orbitando ao seu redor, a ida do DEM, do PSDB e do PPS para a Esplanada - partidos que, por muito tempo, permaneceram na planície no Estado - altera, em alguma medida, esse equilíbrio de forças. Só o orçamento das Cidades, dirigido a investimento, envolve algo em torno de R$ 13 bilhões. A fragmentação em termos de poder vem acompanhada da movimentação em torno das eleições municipais, que, na quarta, já implicou na ruptura do PSB com o DEM e o PSDB. Em outra ponta, a ida de Fernando Filho para o ministério demarcou medição de forças entre socialistas, que dividiram-se sobre ocupação de espaço no governo do PMDB. Novos desdobramentos ainda podem se dar no plano estadual.