Em Salgueiro, trabalhadores da transposição foram demitidos no início do ano
Foto: Priscila Bur/ JC Imagem
JC Online
Em Pernambuco, a empresa Mendes Júnior deixou rastro de abandono em obras vitais para a mobilidade do Grande Recife. Nessa quinta-feira (28), a Controladoria Geral da União (CGU) declarou a empreiteira como inidônea e a empresa terá que passar dois anos sem assinar novos contratos.
Diretamente impactada pela Operação Lava Jato, a construtora descontinuou, desde o ano passado, três projetos: Corredor Leste-Oeste, Ramal da Copa e o contorno urbano BR-101. Um dos trechos mais importantes da transposição do Rio São Francisco, localizado em Salgueiro, também é tocado pela empresa.

Por causa da negligência nas obras do Corredor Leste-Oeste e do Ramal da Copa (liga Arena Pernambuco à cidade de Camaragibe), o governo do Estado aplicou, em 2015, multa de R$ 64 milhões à construtora. Na BR-101, a Secretaria das Cidades ainda está na fase do distrato.
A pasta era responsável por 30,7 quilômetros da rodovia – compreendido entre o Km 51,6 (Abreu e Lima) e Km 82,4 (Jaboatão dos Guararapes), conhecido como “contorno do Recife”.
Já o Corredor Leste-Oeste está sob análise da empresa de projetos Policonsult, que está avaliando as etapas incompletas. Após a conclusão do estudo, será efetuada nova licitação para contratar uma construtora para finalizar os serviços. Segundo assessoria da Secretaria das Cidades, a previsão é entregar a obra até 2017. O Ramal da Copa é o que está na situação mais complicada. Foram abertas cinco licitações, mas nenhuma empreiteira se habilitou para concluir as obras.
A reportagem procurou a empresa, por meio da assessoria de imprensa, no número disponibilizado no site, mas não conseguiu contactar a empreiteira.