“Vou apelar contra impeachment”, diz Dilma

Antônio Assis
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UOL

Em entrevista a seis veículos estrangeiros nesta quinta, a presidente Dilma Rousseff voltou a negar a possibilidade de renunciar, falou em golpe, e afirmou que não há base legal para a aprovação de seu impeachment pelo Congresso.

"Não estou comparando o golpe aqui com os golpes militares do passado, mas isso [impeachment] seria uma ruptura da ordem democrática do Brasil", afirmou a presidente, segundo o jornal britânico "The Guardian".

Ela disse ainda, de acordo com o jornal, que seu afastamento teria "consequências" e deixaria "cicatrizes profundas" na vida política brasileira.

"Por que querem minha renúncia? Por que sou uma mulher fraca? Não sou", respondeu Dilma, segundo relato do "Guardian". Ela frisou que aqueles que pedem sua renúncia querem, na verdade, evitar a dificuldade em remover "ilegalmente" do poder um presidente eleito legitimamente.

A petista afirmou, segundo o americano "The New York Times" que vai apelar de todas as maneiras legais possíveis para barrar o impeachment. Segundo ela, há falta de "bases legais" para o processo no Congresso.

Na entrevista, destacou que o pedido de afastamento tem sido conduzido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), envolvido em escândalos de propina e lavagem de dinheiro.

A presidente afirmou ainda que não é "agradável" ser vaiada em protestos nas ruas e disse que não é uma pessoa "depressiva": "Eu durmo bem à noite".

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