Paulo Rubem deixa PDT por discordar de alinhamento com PSB

Antônio Assis
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Paulo Rubem ingressou no PDT em 2007 (Foto: Marina Mahmood/Folha de Pernambuco)

Blog da Folha

Após militar por muitos anos no PT, migrar para o PDT em 2007, ter a legenda negada para a disputa pela Prefeitura do Recife em 2012, o ex-deputado federal e presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Paulo Rubem Santiago, anunciou, por meio de nota, a sua saída da legenda trabalhista.

Alegando que a sigla não faz eleições ou elege diretórios municipais e nacionais, Paulo Rubem disse discordar com o alinhamento do PDT com o PSB.

“Embora o PDT tivesse integrado uma aliança político-eleitoral estadual, parlamentares e dirigentes do partido, em 2014, apoiaram o PSB, que, por sua vez, apoiou o candidato do PSDB no segundo turno. Agora o PDT segue aliado ao PSB e os “socialistas” se colocam no campo da oposição conservadora ao governo Dilma”, afirmou o presidente da Fundaj.

No período que militou no partido, Paulo Rubem diz ter contribuído “na esfera nacional em diversas oportunidades, propondo e conduzindo seminários, discussões e projetos que em muito contribuíram com o partido e o país”.

Por fim, anuncia a desfiliação do PDT e a saída da Executiva Nacional da legenda.

Veja a íntegra da nota:

Comunicado à Imprensa

“Em 2007, após 27 anos, entreguei à Justiça Eleitoral minha desfiliação do PT, partido do qual fui fundador, dirigente, candidato a governador (1990) e parlamentar nas três esferas. Filiei-me ao PDT pela identidade do partido com as causas nacionalistas, pela defesa do trabalho e, em especial, pela defesa enfática da educação integral, pública e de qualidade. Nesse período, contribui na esfera nacional em diversas oportunidades, propondo e conduzindo seminários, discussões e projetos que em muito contribuíram com o partido e o país. Destaco nessa trajetória, a formação da Secretaria Nacional de Assuntos Econômicos no PDT, em março de 2015, os seminários sobre política monetária e os projetos de lei do plano nacional de educação, no qual aprovei minha emenda dos 10% do PIB e do fundo do pré-sal, onde aprovei outra emenda minha, dos 50% do fundo para a educação. Porém, em Pernambuco, após quase dez anos, todas as tentativas que fiz para construir a legenda, sem excluir ninguém, foram bloqueadas. O partido não faz eleições, não elege diretórios municipais nem o diretório estadual. Enquanto em outros estados e cidades, os parlamentares mais votados são prestigiados e estimulados à assumirem a condução do partido, em Pernambuco as instâncias provisórias existentes foram, sempre, contrárias ao exercício de nossos mandatos. Aqui, embora o PDT tivesse integrado uma aliança político-eleitoral estadual, parlamentares e dirigentes do partido, em 2014, apoiaram o PSB, que, por sua vez apoiou o candidato do PSDB no segundo turno. Agora o PDT segue aliado ao PSB e os “socialistas” se colocam no campo da oposição conservadora ao governo Dilma. Por isso entreguei hoje, 11 de março de 2016, ao PDT, a minha desfiliação, renunciando, por isso, à condição de membro da executiva nacional.”

Paulo Rubem Santiago

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