Folha de S.Paulo – Cláudia Rolli
Para o economista Rodolfo Margato, do banco Santander, a economia tende a começar a se estabilizar somente a partir do segundo semestre de 2017, mas ainda de forma insuficiente para inverter a queda dos principais indicadores da economia.
"Tudo vai depender também de todo o imbróglio fiscal [capacidade do governo de equilibrar as contas públicas e controlar sua dívida], que aumenta a percepção de risco do Brasil e tem impacto na expectativa de melhora da atividade econômica", diz. "Deve haver um crescimento moderado do PIB em 2017 por causa da perda de competitividade, que ocorre ao longo dos anos, e da necessidade de reformas estruturais não realizadas."

"Não serão só 2 milhões de desempregados em 2016 por causa de empregos eliminados. Pelas nossas projeções são 3,5 milhões, se incluídos os que entram no mercado todo ano. É um número assustador", diz.