Uso do aplicativo Uber é debatido na Câmara Municipal do Recife

Antônio Assis
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Audiência buscou discutir questões ligadas à mobilidade e tecnologia
Foto: Câmara Municipal do Recife/Divulgação

Mariana Mesquita
JC Online

A audiência pública promovida nesta quarta (09), na Câmara Municipal do Recife, com a finalidade de discutir a proibição do uso de carros particulares através de aplicativos para transporte remunerado de pessoas (como o mundialmente famoso Uber), acabou desagradando à vereadora Isabella de Roldão (PDT), que havia proposto a reunião. Tudo porque alguns dos principais interessados no embate, que envolveu mobilidade e tecnologia, não compareceram ao evento. 

Foi o caso do Sindicato dos Taxistas de Pernambuco (Sinditaxipe) e, também, da Prefeitura do Recife, que deveria ter sido representada por membros tanto da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc), como da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), mas não enviou ninguém para participar da audiência.

O presidente do Sinditaxipe, Everaldo Menezes, disse ao JC que sua entidade não foi convidada para a audiência e que irá discutir quando for chamado pelo vereador Aerto Luna (PRP), “que é o representante da categoria”. Isabella rebateu a afirmação. “Eles foram convidados, tanto que enviaram diretores que passaram pouco tempo observando e, depois, se retiraram”. Já a Prefeitura declarou, por meio de nota, que tanto o secretário João Braga como a presidente da CTTU, Taciana Ferreira, não compareceram devido a incompatibilidades de agenda.

A vereadora avaliou que, apesar destas ausências, o saldo da reunião foi positivo, com destaque para a participação da União dos Taxistas de Pernambuco (UTPE) e de estudiosos da área do direito e da tecnologia, como a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro).

Ela, porém, não sabe se levará adiante o projeto de lei 154/2015, que proíbe a implementação do Uber e similares na cidade do Recife. “Precisamos avaliar se há interesse da Câmara em colocar o projeto em discussão, já que a prefeitura vem se abstendo. Há um completo silêncio do poder Executivo, parece que só estão esperando que o caos se instale, como aconteceu anos atrás com o advento dos kombeiros. Não existe debate sobre os serviços de táxi prestados no Recife”, criticou Isabella de Roldão.

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