Eleito presidente da CPI da CBF, Romário fala à Rolling Stone sobre a esperança de reviravolta no futebol nacional

Antônio Assis
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Lucas Borges
Rolling Stone

Um mês e meio depois de sete executivos da Fifa, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), terem sido presos na Suíça acusados de corrupção, o Senado nacional instalou nesta terça-feira, 14, uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a entidade que comanda o futebol no país.

A iniciativa terá como objetivo principal analisar contratos da CBF para realização de jogos da seleção brasileira e de campeonatos. Além disso, vai averiguar possíveis irregularidades na organização da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014.

Entrevistado pela Rolling Stone Brasil em texto publicado na edição do mês de julho da revista, já nas bancas, o ex-jogador e hoje senador pelo PSB-RJ Romário foi eleito presidente da CPI por aclamação. Ele designou Romero Jucá (PMDB-RR) como relator.

Na conversa com a RS, o campeão do mundo de 1994, crítico de longa data da gestão do esporte mais popular do país, falou a respeito das expectativas sobre a CPI: “É do futebol, não só da CBF. Então, tudo que for futebol, se depender da minha parte, vamos englobar e colocar ali. Meu objetivo é que seja desvendada essa caixa preta que hoje existe”.

Questionado sobre o fracasso de iniciativas similares na década retrasada - duas CPIs foram abertas entre 1998 e 2000, uma para investigar as relações da CBF com a Nike e outra intitulada CPI do Futebol, e ambas acabaram arquivadas e com relatório embargado pelo ex-presidente da CBF,Ricardo Teixeira -, Romário explicou por que acredita que desta vez a história será diferente. “Sinto em alguns senadores essa vontade de realmente ajudar o futebol. Na maioria deles, em seus estados, os presidentes de federações estão lá eternos, não se aguenta mais isso”.

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