Cassio Zirpoli
Diario de Pernambuco
A invencibilidade do Náutico caiu na segunda divisão. Após sete rodadas, o Timbu terminou uma partida sem pontuar. E no Serra Dourada, com 1.108 testemunhas, não fez mesmo por merecer. Diante da frágil equipe do Atlético-GO, então na vice-lanterna, os pernambucanos cederam espaço nas laterais, sem contar a pouca eficácia no ataque. A derrota por 2 x 0 não tirou o time do G4, ainda com dois pontos de vantagem sobre o 5º colocado (16 x 14). Contudo, apertou um pouco a situação, o que era esperado mais cedo ou mais tarde, tamanho o equilíbrio visto na competição.
Em Goiânia, o encaixe tático formado por Lisca se desfez rapidamente em campo, sentindo a falta de três peças. Pior ainda foi ficar em desvantagem tão cedo. Aos cinco minutos, os atleticanos abriram o placar usando o ponto fraco do Alvirrubro, uma queixa do próprio Lisca. Numa bola cruzada na área, Fabiano Eller e Diego deixaram o atacante Juninho livre no meio. Ele só teve o trabalhode desviar a bola para as redes de Júio César. Até ali, o time sofrera apenas dois gols na Série B, mas ainda assim havia a preocupação na jogada. Dito e feito.
No outro extremo, Rogerinho pouco fez. Não só ele, claro, mas neste caso trata-se da cota de teimosia do treinador, como Émerson Santos no Santa Cruz, através de Ricardinho, e Mike no Sport, com Eduardo Batista. O “atacante tático” teve a grande chance pernambucana no sábado, quando o placar já apontava 2 x 0, no segundo tempo. Dentro da pequena área, recuou para o veterano goleiro Márcio. Em casa, diante da tevê, a torcida do Náutico viu mais um motivo para cobrar mudanças no setor ofensivo, que carece de reforços para uma duradoura campanha.