De acordo com estudo, 37% dos médicos e enfermeiros intensivistas de hospitais públicos e privados no Brasil não lavam as mãos com a frequência ou da maneira que deveriam. Foto:Teresa Maia/DP/ D.A.Press
Patrícia Fonseca
Diário de Pernambuco

Não há um recorte em Pernambuco mas, de acordo com o especialista em Medicina Intensiva Marcos Antonio Cavalcanti Gallindo, presidente da Sociedade de Terapia Intensiva de Pernambuco (Sotipe), entidade que representa a AMIB no estado, geralmente são dados muito parecidos. "As informações são obtidas pelo sistema de vigilância. Toda UTI do Brasil reporta o índice de infecção ao grupo de controle de infecção do próprio hospital, que o encaminha à Anvisa. Os hospitais que participam de um sistema de controle de qualidade têm como comparar dados e verificar se estão atingindo a meta", explica.
De acordo com a Associação, 70% dos pacientes internados nas unidades de terapia intensiva no Brasil recebem tratamento para algum tipo de infecção. Um espaço onde o risco é de 5 a 10 vezes maior que em outros ambientes hospitalares, por concentrar os doentes mais graves e que, segundo a associação, pode chegar a representar 20% do total de casos registrados em um hospital. Gallindo acrescenta que as infecções aumentam o tempo de internamento, o custo e, claro, o risco de morte. Quando o paciente chega na UTI, a equipe tem como prever o risco de óbito e aplicar algumas ferramentas, mas se a pessoacontrair uma infecção no meio do caminho, esse índice aumenta. Quanto mais pontos de invasão, como sonda, cateteres , tubos, traqueostomia, maior o perigo.