Alcoólicos Anônimos resgatam vidas roubadas pela dependência

Antônio Assis
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O AA me ajudou a admitir que o alcoolismo é uma doença, e não uma fraqueza?, conta Almir, que comemora três meses de sobriedade
André Nery/JC Imagem

Cinthya Leite
JC Online

Desde a adolescência, o vendedor Almir, 28 anos, trava uma batalha que parece não ter fim contra o alcoolismo, considerado um transtorno mental que atinge 10% dos brasileiros. Com histórico de passagem por cinco clínicas onde se internou diversas vezes e lembranças de comportamentos violentos decorrentes do uso abusivo do álcool, Almir alimenta hoje uma forte esperança de se livrar dos efeitos nefastos da dependência. Está há 3 meses e 10 dias longe da bebida alcoólica. Ele atribui esses dias de sobriedade ao suporte que tem recebido do Alcoólicos Anônimos (AA) – uma irmandade de mais de 2 milhões de homens e mulheres que completa 80 anos de atividades no mundo na próxima quarta-feira (10). 

Semanalmente, a cada encontro, os membros do AA partilham entre si experiência e esperança para debelar o alcoolismo. Em Pernambuco, 430 grupos (320 deles espalhados pelo Grande Recife) promovem reuniões regulares – ocasião em que é disseminada a filosofia de 12 passos que ajudam uma pessoa dependente da bebida alcoólica a se manter longe da embriaguez. O maior lema do AA preconiza a aceitação de impotência perante o álcool. “Estou mais seguro para enfrentar a bebida porque o AA tem me ajudado a admitir que o alcoolismo é uma doença, e não uma fraqueza ou problema de falta de caráter”, conta Almir, que está com planos para retomar mais de uma década de vida roubada pelas consequências trágicas da bebedeira.

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