Viúva de Arlindo dos 8 Baixos procura apoio para manter casa de forró

Antônio Assis
0
Casa de forró era frequentada por Dominguinhos, Mestre Salustiano e Camarão
Foto: Edmar Melo/JC Imagem

Cleide Alves
JC Online

Todos os domingos a viúva do sanfoneiro Arlindo dos 8 Baixos, Odete Regina Macedo, abre as portas do quintal da casa onde mora, em Dois Unidos, Zona Norte do Recife, para o povo dançar forró. “Ele sempre me pedia para não deixar esse espaço fechar, mas a manutenção é difícil”, diz Odete, num apelo por ajuda para preservar a memória de Arlindo Ramos Pereira, morto por complicações da DIABETE em outubro de 2013.

A casa de forró do sanfoneiro, na Avenida Hildebrando de Vasconcelos, completa 15 anos de atividades em setembro de 2015 e precisa de reparos. São visíveis os rebocos se desprendendo, a infestação de cupins nas paredes, as telhas quebradas e a ferrugem corroendo a estrutura metálica de sustentação do teto. “Não há risco de o telhado cair porque fizemos umas colunas de sustentação”, afirma.

Com poucos recursos em caixa, cabe a Odete arregaçar as mangas e fazer a limpeza do lugar, que funciona, como ela costuma dizer, “aos trancos e barrancos”. Se conseguir o apoio que procura, ela também pretende melhorar a qualidade do som, implantar acústica no prédio para evitar que o barulho incomode os vizinhos e colocar tela sobre o muro, para impedir o acesso de animais que pulam de árvores de quintais próximos.

“Tivemos ajuda da prefeitura, na gestão de João Paulo (2001-2008), para a reforma da casa, e recebemos R$ 100 mil do governo de Pernambuco, em 2009, para a manutenção do espaço naquele ano”, conta o produtor Roberto Andrade. Ele trabalhou com o artista por 14 anos e agora quer transformar a casa de forró de Dois Unidos no Polo do Mestre Arlindo, com oficinas e eventos permanentes.

Postar um comentário

0Comentários
Postar um comentário (0)