Aulas foram retomadas nessa terça-feira após a suspensão da greve que durou 24 dias. Foto: Alyne Pinheiro/Divulgação
Anamaria Nascimento
Diário de Pernambuco
A reposição dos 18 dias letivos não cumpridos por conta da greve dos professores da rede estadual de ensino, que durou 24 dias, deve ser acontecer de três formas: aos sábados, com ampliação da jornada diária ou durante os dias de recesso, ou seja, nas férias de julho. As informações foram confirmadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) após uma reunião com o governo na manhã desta quinta-feira para definição dos parâmetros da compensação de aulas.

Segundo ele, durante a reunião, o sindicato argumentou que cada escola tem uma peculiaridade e, por isso, pediu para as instituições escolherem, em consulta à comunidade escolar, a melhor forma de repor as aulas. "Em algumas escolas, os professores fazem pós-graduação aos sábados, não sendo essa alternativa viável. Em outras unidades fica difícil extender a jornada, pois os alunos dependem de ônibus com horários fixos. Assim, o ideal é que cada escola faça uma escolha de acordo com sua realidade", explicou Fernando Melo.
Caberá à Secretaria Estadual de Educação fiscalizar a reposição dos dias letivos. De acordo com o órgão, foram definidos parâmetros específicos para as escolas regulares, semi-integrais e integrais, "considerando as especificidades de cronograma de cada um desses grupos de escolas".
Confira na íntegra a nota enviada pela Secretaria Estadual de Educação:
A Secretaria de Educação do Estado informa que definiu, junto com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), em reunião, nesta quinta-feira (7), na sede da Secretaria de Educação, os parâmetros para reposição das aulas do calendário escolar relativa ao período de paralisação.
O principal objetivo é garantir a reposição das aulas e dos conteúdos curriculares, observando o calendário escolar e efetivando o direito dos estudantes da Rede Pública Estadual.
Foram definidos parâmetros específicos para as escolas regulares, semi-integrais e integrais, considerando as especificidades de cronograma de cada um desses grupos de escolas. Os parâmetros orientarão as reposições conforme a quantidade de dias que precisarão ser compensados, que variam de escola para escola.
Dentre os parâmetros estão: a utilização de alguns dias do recesso de julho; de alguns dias para planejamento de atividades; e, no caso das semi-integrais e integrais, a utilização de aulas no contra turno ou de mais uma hora na jornada diária, conforme a quantidade de dias de reposição e a realidade de cada escola.
A construção do cronograma específico de cada escola será realizada pelo seu gestor, com a supervisão da Gerência Regional de Educação e acompanhamento da Secretaria de Educação, que irá monitorará a reposição de aulas.
A reposição de aulas representa o compromisso com a comunidade escolar, em especial, com os alunos.
Saiba Mais:
24 dias de greve
203 dias formam o ano letivo 2015 da rede estadual
18 dias letivos serão repostos
8,9% do ano letivo não foi cumprido por conta da greve
49.816 professores, entre ativos e aposentados
650 mil estudantes
1.049 escolas