Proposta de pedágio na BR-232 volta à discussão

Antônio Assis
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Jailson da Paz
Diário de Pernambuco

Vira e mexe e a proposta de pedagiar a BR-232, conforme defente o secretário de Transporte, Sebastião Oliveira, ressurge. A justificativa para a cobrança é de que estaria assegurada a fonte para manter a rodovia, responsável pelo crescimento imobiliário e industrial acelerado de Vitória de Santo Antão, Gravatá, Bezerros e Caruaru. Então, para que serviram os cerca de R$ 460 milhões investidos na duplicação da rodovia? O sentimento que me vem, diante do péssimo estado de conservação de alguns trechos e da possibilidade do pedágio, é de que a Celpe, cujos recursos da privatização financiaram as obras, evaporou como patrimônio. Ou melhor, a Celpe foi enterrada sob placas de concreto e camadas de piche. Até porque nem duas décadas se passaram da inauguração do primeiro trecho duplicado, pelo então governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), e nem uma década da entrega do último trecho, entre Caruaru e São Caetano, por Eduardo Campos (PSB). É pouco tempo para tamanha deterioração de rodovia tão cara. O pedágio, por enquanto, é proposta, mas o governo deve pesar - e bem - que o projeto da BR-232 , antes de mola para alavancar a economia, carrega a simbologia de uma empresa construída a partir de recursos públicos. E, cá para nós, pagar pedágio não seria um duplo desembolso para quem, no passado, contribuiu direta e indiretamente para manter a Celpe? Esse choque - quase elétrico - não quero sofrer.

Letras sumiram
O nome do lugar pomposo. O letreiro do Parque Histórico Nacional dos Guararapes, em Jaboatão, nem tanto. Algumas letras metálicas desapareceram, sendo parte substituída por peças de madeira pintadas na mesma cor. De perto, contudo, a qualidade do acabamento mostram ser um arranjo.

Luzes apagadas…

Estudantes fizeram a aposta ontem para ver qual o lado do Túnel Augusto Lucena, em Boa Viagem, com mais lâmpadas queimadas. Apesar da velocidade do veículo, os dois conseguiram contabilizar cerca de 30 luzes apagadas, sendo a maioria do lado direito de quem trafega do subúrbio para o Centro. 

…E susto no túnel

Bem mais escuro está o Túnel Plínio Pacheco, na BR-232, em Gravatá. No início do equipamento de 370 metros, a luminosidade é razoável. Aproveita-se a claridade natural e existem poucas luzes danificadas. A escuridão se intensifica no meio, com um trecho sem nenhuma lâmpada acesa. Assusta.

Esquecidos 

Restos de poda fecham a calçada da Rua da Amizade, nas Graças. Pela coloração das folhas, conclui-se que o serviço foi realizado há dias. E nenhum órgão, público ou privado, aparece para recolher o material que apodrece. Enquanto isso, pedestres caminham pela faixa destinados aos automóveis.

Terra batida

Na velocidade com que se deteriora, o pavimento no encontro das Rua Ribeiro de Brito com a Avenida Hélio Falcão, em Boa Viagem, será estrada de chão batido. A área de terra, que mal cabia dois pneus dias atrás, se expande para todos os lados. Cresce na mesma intensidade da poeira que sobe.

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