Municípios não têm plano para conservar mata atlântica

Antônio Assis
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Bonito, onde fica o reservatório da Mata do Mucuri, é um dos poucos municípios a elaborar plano
Cepan/Divulgação

Claudia Parente
JC Online

Hoje (27) é o Dia Nacional da Mata Atlântica. Fragmentos desse bioma estão presentes em 104 municípios pernambucanos. Apesar de haver uma lei federal (11.428/2006) determinando que todos devem elaborar o Plano Municipal de Conservação e Restauração da Mata Atlântica (PMMA), apenas Glória de Goitá, na Mata Norte, e Bonito, no Agreste, cumpriram a legislação. O plano é um instrumento fundamental para nortear ações de reflorestamento e conservação ambiental.

“O PMMA é importante, principalmente porque habilita o município a captar fundos ambientais para implementar as propostas sugeridas”, explica Severino Ribeiro, presidente do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan), responsável pela construção do plano de Bonito. “Infelizmente, 99% dos municípios pernambucanos estão numa situação econômica tão difícil que a pauta ambiental simplesmente não existe.”

Na construção do plano é montado o cenário atual do município e feita uma projeção para o futuro. Um dos instrumentos mais importantes é o banco de dados geoespacial, alimentado com imagens de satélite de alta resolução, que permite avaliar como o solo está sendo explorado. No caso de Bonito, o mapeamento identificou que apenas 33% das Áreas de Preservação Permanente (APP) estão cobertas por florestas. Os outros 67% foram ocupados por atividade agropecuária ou construções.

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