Brasília - Novamente em pauta, o financiamento por empresas nas eleições foi votado em plenário na noite desta quarta-feira (28).
Depois da acachapante derrota na madrugada do mesmo dia 27, quando os mais de 480 deputados derrubaram o "distritão" e a constitucionalização do financiamento de empresas às campanhas, os deputados voltaram ao plenário para aprovar o financiamento privado de campanhas, permitindo doações de pessoas físicas e de empresas a partidos políticos e doações de pessoas físicas a candidatos.
Para o codiretor do MCCE, Luciano Santos, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), usou de manobra duvidosa nas votações de ontem (27), recolocando em discussão o financiamento empresarial das eleições.

Para Márlon Reis, cofundador do MCCE, a Câmara dos Deputados surpreendeu o Brasil ao permitir, por vias transversas, a constitucionalização das doações empresariais a candidatos. Reis disse ainda que na noite anterior, a tese da doação empresarial direta fora rechaçada, mas que ontem aprovou-se a doação indireta, mascarada. Não parece razoável. A sociedade brasileira precisa reagir, finalizou.
O secretário-geral da OAB, Cláudio Pereira de Souza Neto, afirmou que os deputados federais aprovaram emenda aglutinativa à PEC da Reforma Política que constitucionaliza o financiamento empresarial a partidos políticos. Para ele, esta emenda aglutinativa incorre em dupla inconstitucionalidade: "formal e material".
Souza Neto disse ainda que os sucessivos escândalos de corrupção que envergonham o Brasil demonstram que o financiamento empresarial das campanhas eleitorais deve ser urgentemente interrompido e que uma das causas principais da corrupção sistêmica é o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. Leia o artigo na íntegra.
Ascom_MCCE