Manifestantes exigem apuração rigorosa no caso. Foto: Larissa Rodrigues/DP/D.A Press
Diário de Pernambuco
Após a estudante Camila Mirele Pires da Silva, de 18 anos, morrer ao cair de um ônibus na BR-101, na Cidade Universitária, na noite da última sexta-feira, alunos da Universidade Federal de Pernambuco protestam contra o descaso com o transporte público. A manifestação começou às 16h desta segunda. No fim da tade, o grupo fechou os dois sentidos da rodovia próximo à Casa do Estudante

"A gente estava esperando o ônibus e ele veio muito lotado, como sempre vem nesse horário. Eu subi com meus amigos e ela veio por último. Entramos pela porta do meio porque estava realmente bem cheio, não era dos (veículos) articulados", contou a também estudante de biomedicina Bárbara Lima, 21. De acordo com Barbara, a bolsa de Camila teria ficado presa na porta e por isso a estudante acabou seguindo viagem encostada na porta. "O motorista não quis parar na parada seguinte, que é a da Casa do Estudante, porque estava muito cheio. Ele foi um pouquinho mais adiante e abriu a porta ainda com o ônibus em movimento. Foi nessa hora que ouvimos um barulho. Ela já tinha caído", detalhou.
Para os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pelos ferimentos causados, Camila poderia ter sido atropelado por outro ônibus após a queda. A informação, no entanto, é negada por Bárbara. "O coletivo estava muito próximo do meio-fio. Ela caiu na calçada, somente metade da perna ficou na rua. É mais provável que ela tenha batido no próprio ônibus que a gente estava", lembrou. A estudante ainda chegou a ser encaminhada ao Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu. Ela foi enterrada no sábado, no Cemitério de Jaboatão dos Guararapes.