Blog da Folha
Um dia após a rejeição da criação da Frente LGBT pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o autor da proposta, o deputado Edilson Silva (PSOL) subiu à tribuna da Casa para criticar o presidente Guilherme Uchoa (PDT). Em seu discurso, o psolista disse que existe um comportamento homofóbico na Casa e que Uchoa teria feito uma manobra para impedir a criação da Frente.
“Fica implícito que existe um comportamento homofóbico na Casa. Lamentavelmente, nós tivemos o presidente como protagonista. Descendo ao plenário para incentivar os deputados a saírem para derrotar uma posição. O que o presidente fez é indicar que quer obstruir o trabalho de alguns deputados. Não teria nada contra ele descer e votar por consciência contra a criação da Frente, mas o que causa espécie é o presidente fazer essa manobra”, disparou.
Depois que Edilson Silva discursou e deixou a tribuna, o presidente da Casa chamou o nome errado do segundo orador. Uchoa pediu desculpas aos presentes no Plenário e disse que “ficou perturbado”, em forma de brincadeira.
Antes de deixar a Alepe para um compromisso religioso, Guilherme Uchoa respondeu às críticas do psolista. “Queria ratifica que, além de ser presidente, eu sou deputado e tenho meus posicionamentos. Eu não tenho o mesmo conceito que o deputado Edilson Silva. Não tenho nesta Casa ninguém que tenha o caráter de se esconder de uma votação e sair do Plenário a pedido de um presidente. Eu votei com a bancada evangélica e ela pode contar comigo quantas vezes quiser”, disse.