Thiago Neuenschwander - Diario de Pernambuco
Dos 49 parlamentares que compõem a Assembleia Legislativa, apenas dois rejeitaram o benefício

Anteriormente, o benefício era concedido duas vezes por ano, mas após forte clamor popular, os deputados elaboraram uma resolução (1322/2013) para que apenas duas parcelas fossem pagas por mandato. Com isso, o valor passou de R$ 160 mil (pois na época o valor do subsídio era de R$ 20 mil), para R$ 50 mil por quadriênio, com o reajuste dos salários na Câmara Federal e no Senado, que geram efeito cascata nas assembleias de todo o país. Outros reajustes que devem entrar na pauta, seguindo os passos de Brasília, são os da verba de gabinete e o da cota parlamentar, que sofreram aumento de 18,01% e 8,72%, respectivamente, durante a última semana na capital federal.
A deputada Priscila Krause disse que resolveu não fazer a solicitação do auxílio por não se sentir confortável com um tema que, segundo ela, ainda deverá ser objeto de mudanças. “É algo que avançou. Passou de oito para duas. Algumas coisas andam mais rápido, outras mais devagar. Acredito, no entanto, que a tendência é que esse auxílio deixe de ser concedido no futuro. Isso já foi motivo de debates intensos. Não me sentiria bem solicitando esse dinheiro”, afirmou. Já a deputada Raquel Lyra foi procurada, mas, através de sua assessoria, disse que preferia não comentar o assunto.
O deputado Edílson Silva, por sua vez, fez a solicitação da verba, mas já há algumas semanas havia dito publicamente que direcionaria o dinheiro para a criação de um fundo. “Criamos vários núcleos temáticos dentro do meu mandato para que a população pudesse participar. Tanto o dinheiro desse auxílio quanto o percentual do aumento concedido aos deputados serão destinados a esse fundo. Além disso, a verba das emendas a que tenho direito (algo em torno de R$ 1,5 milhão por ano) também estará disponível para que a população possa sugerir onde será aplicada, dentro de projetos surgidos desses núcleos temáticos”, explicou o representante do PSol.