Pernambuco 247 - O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), respondeu, no final da manhã desta segunda-feira (12), ao posicionamento do senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB), que defendeu uma reaproximação do seu partido com o governo Dilma Rousseff (PT). O chefe do Executivo pernambucano continua dependendo a posição de independência.
"Eu não vejo necessidade de uma aproximação partidária agora. Essa aproximação já existe como instituições e é isso o que a gente preza e que quer fortalecer", disse Câmara, durante uma visita de cortesia ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE).
O PSB rompeu com o PT em 2013 para lançar candidatura própria à presidência da República, um distanciamento que já vinha ocorrendo desde as eleições municipais de 2012, quando a legenda peessebista lançou candidatos em várias cidades contra postulantes do PT, dentre elas Recife (PE), Belo Horizonte (MG) e Fortaleza (CE) - em todas essas três, por exemplo, o PSB venceu.
Em seu discurso, Câmara lembrou que foi eleito apoiando a candidatura presidencial do PSB. "Então nós temos uma visão diferente de muitas coisas, por isso que a posição de independência é tão importante. E eu acho que o momento atual é de manter essa posição, defender os projetos que são de interesse do Brasil e ter a tranquilidade de deixar a presidente governar", acrescentou.
Ao defender a reaproximação do PSB com a presidente Dilma, o senador Fernando Bezerra Coelho afirmou que "o desafio de Pernambuco é não ser deixado para trás mais uma vez na nossa historia por causa dos desencontros da política".
"O que devemos fazer é buscar unir as forças políticas do Estado em torno do nosso projeto de desenvolvimento, sem receios e com firmeza buscar a reaproximação política com o governo central, para ser o parceiro de importantes investimentos que precisam ser iniciados acelerados ou concluídos", disse FBC, em artigo publicado no Blog do Jamildo.
De acordo com o ex-ministro da Integração Nacional, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, "com liderança política e talento administrativo, iniciou um grande ciclo de desenvolvimento para o nosso Estado".
"Teve força política para atrair relevantes e expressivos recursos federais e teve talento e equipe para animar os empresários nacionais e internacionais a colocarem Pernambuco como destino dos seus investimentos", acrescentou. "A candidatura de Eduardo Campos à presidência da República "e sua trágica morte devem nos servir de inspiração para tomarmos as nossas decisões".