Expectativa de vida do brasileiro sobe 12,4 anos entre 1980 e 2013, mostra IBGE

Antônio Assis
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Agência Brasil

A expectativa de vida do brasileiro ao nascer aumentou 12,4 anos entre 1980 e 2013, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se a perspectiva de vida era 62,5 anos em 1980, no ano passado, passou a ser 74,9 anos, de acordo com a Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil – 2013.
Nesse período, a expectativa nacional de vida  das mulheres subiu mais do que a dos homens, passando de 65,7 anos em 1980 para 78,6 anos em 2013 (12,9 anos). A expectativa dos homens subiu 11,7 anos, de 59,6 para 71,3 anos.
    Em Pernambuco, o aumento da longevidade tanto entre os homens (em 15 anos) quanto entre as mulheres (16,8 anos) é a segunda maior do país (média de 15,9), 3,5 anos a mais que a média nacional. Desta forma, a expectativa de vida pernambucana fica em 68,5 anos para os homens e 76,7 para as mulheres. O índice fica atrás apenas do Rio Grande do Norte, que obteve os maiores aumentos, 15,5 anos entre os homens e 18 anos entre as mulheres, atingindo uma média de 16,8 anos a mais de vida que em 1980, ou seja, 4,4 anos a mais que a média do País.


    Abr



    Aumento pode ser explicado pela redução da mortalidade infantil e das mortes dos idosos com mais de 70 anos
    Segundo o pesquisador do IBGE Fernando Albuquerque, o aumento da longevidade do brasileiro pode ser explicada principalmente pela redução da mortalidade infantil e das mortes dos idosos com mais de 70 anos. Essas duas faixas etárias foram as que apresentaram mais ganhos nesses 33 anos.

    A probabilidade de um bebê morrer antes de completar um ano de vida caiu de 69,1 por mil em 1980 para 15 por mil em 2013. A melhoria do indicador pode ser explicada por avanços no saneamento básico, aumento da cobertura vacinal, programas de atenção pré-natal e de aleitamento materno e iniciativas governamentais como o Programa Bolsa Família (de transferência de renda), segundo o IBGE.
    A probabilidade de uma pessoa com 70 anos morrer nessa idade caiu de 47,5 por mil para 25,2 por mil. A explicação está nos avanços médicos e tecnológicos e em ações voltadas para os idosos, como a aposentadoria rural.
    “A população está vivendo mais e envelhecendo de forma mais saudável. Agora, em relação à Previdência Social, o impacto não é muito bom porque a expectativa de vida aumentando influencia no cálculo do fator previdenciário”, afirma Albuquerque.
    Por outro lado, a faixa etária dos 15 aos 19 anos foi a que teve menos redução da mortalidade nesses 33 anos. Nos homens de 17 e 18 anos, a taxa é exatamente a mesma de 1980. “Nesse grupo, a mortalidade não se alterou exclusivamente em função dos óbitos por causas violentas, principalmente os acidentes de trânsito e os homicídios”, disse.

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