Consumidor tem uma nova relação com os supermercados

Antônio Assis
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Depois de uma série de interdições, punições e multas aos estabelecimentos, os usuários estão com mais atenção na hora das compras

Depois das interdições, Janaína Rocha percebeu mudança no cuidado ao setor de frios. Foto: Júlio Jacobina/DP/D.A Press

Augusto Freitas
Diario de Pernambuco

Alimentos vencidos e estragados, prateleiras enferrujadas, sujeira, insetos e rodeores, depósitos com infiltrações e mofo, equipamentos de refrigeração com defeitos, açougues com higiene precária. Este cenário sombrio dominou os supermercados recifenses em 2014 e o resultado foi uma série de interdições totais e parciais de estabelecimentos que fez os consumidores abrirem os olhos sobre o que compram e consomem. 

Após a sequência recorde de interdições que atingiu gigantes do setor varejista, as redes parecem ter aprendido a lição imposta por órgãos como Ministério Público, Vigilância Sanitária e Procon e começam, aos poucos, a andar na linha. Pesou o respeito ao consumidor e, claro, o impacto negativo diante de toneladas de alimentos confiscados e da perplexidade da sociedade que sustenta o segmento. 

Apesar da tentativa de corrigir as irregularidades dos supermercados com a operação Mercado Limpo, as opiniões dos consumidores em relação ao que mudou na prática continuam divididas. No entanto, houve melhora. Para a arquiteta Janaína Rocha, 40, que frequenta o supermercado RM Express para fazer compras pequenas ou de produtos para todo o mês, o tratamento com os frios foi o ponto mais positivo da operação. 

“Vejo que agora muitos mercados estão se preocupando em conferir a temperatura adequada dos produtos, colocando portas nas prateleiras para manter a refrigeração”, comenta. Sobre alimentos fora da validade, a arquiteta garante não ter encontrado após a série de vistorias. “A preocupação também tem sido maior na hora de repor os alimentos que estão perto de estragar”, completa

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