'Caçados como animais': Na Tanzânia, pessoas com albinismo vivem sob ameaça constante

Antônio Assis
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BBC Brasil

Pessoas com albinismo enfrentam preconceito e morte na Tanzânia. Recentemente, uma nova campanha foi lançada para tentar pôr fim a sequestros e assassinatos que aterrorizam os cerca de 30 mil albinos que vivem no país. A BBC conversou com alguns deles.

O pescador Mtobi Namigambo vive na ilha de Ukerewe, na Tanzânia. Situada a três horas de distância de Mwanza, segunda maior cidade do país, a ilha remota já foi tido como um santuário para albinos, mas hoje a situação mudou.

Um dos filhos de Namigambo, May Mosi, com quatro anos de idade, é albino. Quando tinha três meses de idade, escapou de uma tentativa de sequestro.

"Tinha ido pescar no lago. (Minha esposa e as crianças) estavam sozinhas na casa quando foram atacadas", conta o pai.

"Ela pulou pela janela e correu com May, em busca de um local seguro, deixando as outras duas crianças para trás - ela não sofreram nada".

"Os agressores estavam à procura de May", diz a esposa do pescador. "Meu marido estava fora pescando e eles sabiam disso. Por isso vieram. Após eu pular pela janela, eles ainda vieram atrás de mim e eu gritei por socorro. Só desistiram quando eu acordei os vizinhos".

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