CTTU afirma que não é responsável por inibir ação dos flanelinhas

Antônio Assis
0

Diario de Pernambuco

Raphael Guerra 

A audiência pública do Ministério Público de Pernambuco para discutir irregularidades na atuação dos flanelinhas nas ruas do Recife terminou sem definições. Mais uma vez, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) se eximiu da responsabilidade sobre a fiscalização. Já a Polícia Militar alegou que só pode atuar em casos de extorsão. O secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga, não compareceu à audiência. 

“A função do agente de trânsito não é inibir a ação dos flanelinhas. A CTTU tem cumprido o seu papel e intensificado a fiscalização dos estacionamentos da Zona Azul”, disse a presidente da CTTU, Taciana Ferreira. Segundo ela, há cerca de 2,2 mil vagas da Zona Azul, no Centro do Recife, para 25 agentes em cada turno.


A promotora de Defesa da Cidadania, Áurea Roseane Vieira, responsável pela convocação da audiência pública, foi incisiva sobre a responsabilidade da Prefeitura do Recife. “Nosso problema é a falta de eficiência na fiscalização”, afirmou. 

O comandante do 16º Batalhão da PM, major André Ângelo, disse que a atuação dos flanelinhas no Centro do Recife “desmoraliza o serviço prestado”. Ele comparou os guardadores a cambistas. “Eles adquirem os bilhetes (Zona Azul) e vendem mais caro”, disse. 

No mês passado, o Diario denunciou que os flanelinhas continuam atuando sem fiscalização da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano e da Polícia Militar. Motoristas reclamaram das abordagens, como exigência antecipada de dinheiro, ameaças e danos aos veículos. Em 30 de setembro, o Diario também mostrou que, mesmo com a presença de PMs, flanelinhas usavam cadeiras para guardar vagas na Avenida Boa Viagem.

A próxima audiência acontecerá no dia 10 de dezembro, quando os órgãos deverão apresentar uma proposta concreta.

Postar um comentário

0Comentários
Postar um comentário (0)