Histórico familiar leva sombra do câncer de mama mais cedo às mulheres

Antônio Assis
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Mayra Cavalcanti

NE 10

Câncer mais comum entre as mulheres e o segundo mais frequente no mundo, o câncer de mama tem índices que aterrorizam: são 57.120 novos casos estimados a cada ano no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) e 13.345 mortes em decorrência da doença, segundo o Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM). 

Apesar de a hereditariedade ser responsável apenas por 10% do total de casos, o fato de uma mulher ter um parente de primeiro grau que desenvolveu a doença faz com que ela esteja em um grupo de pessoas que têm que conviver diariamente com o medo ainda maior de tê-la. Em paralelo ao sentimento de maior vulnerabilidade, vem a necessidade de cuidados especiais. 

O recomendado é um acompanhamento médico a partir dos 35 anos, com a realização de mamografia e de exame físico por um profissional de saúde. Segundo a ginecologista Isabela Coutinho, além desses cuidados, é importante que a mulher faça o autoexame todos os meses. "Quando a pessoa conhece o seu peito, ela irá identificar mais facilmente se houver alguma anormalidade, algum caroço ou uma mudança na coloração, por exemplo. Então é bom que ela faça e que vá ao médico caso encontre algo", explica.

Apesar de ainda ser uma criança à época, a veterinária Gianete Barros, de 48 anos, viu sua avó lutar contra o câncer que, mesmo passando por tratamento, não resistiu e ela faleceu. Anos depois, foi a vez de sua mãe que, após descobrir a doença, teve que retirar um quadrante da mama. "O da minha mãe me pareceu algo mais leve. Ela ficou um pouco debilitada, mas se recuperou bem", lembra.

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