Bancos voltam a abrir nesta terça-feira e população sofre com os problemas de sempre

Antônio Assis
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Peterson Mayrinck, com informações de Derik Guimarães - do FolhaPE

Tudo aparentemente normal nos bancos na manhã desta terça-feira (07), primeiro dia após o fim da greve dos bancários, decretado em assembleia realizada nesta segunda (06). Com o fim da paralisação, a população teve acesso novamente aos serviços bancários – e aos mesmos problemas de antes, como longas filas e demora no atendimento em algumas agências.
A reportagem do Portal FolhaPE visitou diversas agências na Boa Vista, Bairro do Recife e Derby, todos na área central do Recife, e a cena de movimento intenso e filas se repetiu em várias delas. Além da presença normalizada dos funcionários, o que chama atenção é a quantidade de clientes em busca de atendimento. No Itaú localizado na avenida Conde da Boa Vista, o tempo de espera era de 20 minutos – acima do máximo estabelecido na Lei municipal 16.685/2001, que estabelece limite de até 15 minutos para atendimento. Na Caixa localizada na mesma via, mais de 40 pessoas aguardavam sua vez. Maria de Fátima Pinho, de 62 anos, foi à agência na sexta-feira (03) para realizar o pagamento da taxa de penhor. "Mas só pode fazer isso na boca do caixa, então tive que voltar hoje [terça-feira]", disse.
No HSBC também da Boa Vista, 37 pessoas esperavam em filas para atendimento pessoal – uma delas era Maria Socorro, aposentada de 76 anos. “Vim na sexta-feira [03] e na segunda para pegar minha aposentadoria, mas não fui atendida. Cheguei quase às 9h e esperei até mais de meio-dia, quando uma funcionária veio me dizer para voltar à tarde. Mas preferi voltar só hoje [terça-feira]”, afirma.
Um dia antes do começo da greve, em 29 de setembro, um leitor do Portal FolhaPE reclamou do atendimento de uma agência do Bradesco localizada na avenida João de Barros, no bairro da Encruzilhada, zona norte do Recife. “Cheguei na agência às 10h, pouco depois de abrir o banco, e até as 14h não fui atendido. Eram mais de 60 pessoas esperando ser atendidas, mas só tinha um atendente”, reclama Geraldo. Além disso, segundo o leitor, o painel que exibe a senha de atendimento a ser chamada estaria quebrado. “Somos tratados como pessoas que não existem, mas somos clientes!”, disse. Pelo jeito, o atendimento realmente voltou ao "normal" nas agências bancárias.

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