Ativista da luta anticorrupção é agredido por secretário da Prefeitura de Montalvânia/MG

Antônio Assis
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Lizete Verillo
AMARRIBO BRASIL

Um ativista da luta anticorrupção na região Norte de Minas Gerais foi violentamente agredido, quinta-feira (9) à noite, pelo secretário de Administração e Recursos Humanos da Prefeitura de Montalvânia, Jefferson Rocha Vieira. O advogado Geraldo Flávio de Macedo Soares (foto de arquivo) é um dos fundadores e dirigentes da organização não-governamental de combate à corrupção VIDAC – Verdade, Independência e Desenvolvimento da Associação Cochanina.

De acordo com o boletim de ocorrências feito pela Polícia Militar, o ativista estava numa lanchonete no centro da cidade quando foi atacado pelo secretário. O motivo da agressão teria sido o fato de Geraldo Flávio haver denunciado o uso, pelo secretário, de veículos públicos para fins particulares, inclusive para transportar materiais até uma fazenda.

O trabalho da ONG de combate à corrupção em Montalvânia contabiliza, entre outros resultados, a inelegibilidade e a perda da função pública do ex-prefeito e médico José Florisval de Ornelas e seu filho, o advogado Fabrício Falcão de Ornelas. A pena de perda da função pública nunca foi executada pelo Ministério Público. José Florisval de Ornelas continua atuando como médico em hospital mantido com recursos públicos e seu filho advogado continua trabalhando como procurador jurídico da Prefeitura de Montalvânia.

O uso de veículos públicos para fins particulares em Montalvânia não chega a ser novidade. O mau exemplo vem de cima. Em março deste ano o prefeito Jordão Missias Lopes Medrado (PR) foi flagrado pelo advogado usando veículo e combustível bancados com recursos do contribuinte para levar a família no domingo (16/03) a um balneário localizado na beira do rio Carinhanha, em Feira da Mata/BA. Entre os convivas, além do prefeito, estavam sua esposa, Bethy Viana Silva Medrado; sua filha e secretária municipal de Ação Social, Érika Veruska Viana Medrado e a empregada doméstica da família.

Após agredir o ativista, o secretário Jefferson Rocha Vieira fugiu. A Polícia Militar tentou localizá-lo, sem êxito

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