Luiz Filipe Freire
Folha-PE
Milhares de pessoas participaram da 20ª edição do Grito dos Excluídos no Recife. Com o tema “Ocupar ruas e praças por liberdade de direitos”, o ato buscou nas manifestações de julho de 2013 a inspiração para denunciar incoerências da gestão pública e injustiças sociais. Profissionais da Polícia Militar garantiram a segurança no evento, que ocorreu em paralelo ao desfile cívico-militar da Independência.
A concentração começou por volta das 8h30, na praça Oswaldo Cruz, no bairro da Soledade. Com cartazes e bandeiras, os participantes saíram em caminhada por avenidas importantes do Centro, como a Guararapes e a Conde da Boa Vista. Dois trios elétricos foram usados no ato, que contou com a participação de sindicatos, entidades sociais e estudantes universitários. A mobilização terminou na altura da Basílica do Carmo, no bairro de Santo Antônio.
De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), Carlos Veras, o Grito dos Excluídos é importante por ser um momento de contraponto à estrutura político-social vigente. “É hora de as pessoas lutarem pelos direitos que possuem e que nem sempre são garantidos a elas. Neste ano, em especial, estamos lutando por uma reforma política, por uma constituinte soberana”, declarou, referindo-se a uma campanha que convoca a participação da população na internet.