Arco Metropolitano pronto no mínimo em 2017

Antônio Assis
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Giovanni Sandes
JC Online

Nova rodovia é solução contra gargalos na BR-101 urbana

Diego Nigro/ JC Imagem

O acúmulo de atrasos do Arco Metropolitano criou uma situação preocupante para a futura rodovia. Não há mais dúvidas, o Arco só ficará totalmente pronto no mínimo em 2017. Mas como a obra sequer foi licitada e mais da metade dela voltou à fase de estudos, o cronograma do Arco já ameaça transformar no futuro a obra em um desafio de uma década de existência.
Diante dos crônicos engarrafamentos na BR-101 urbana, em 2008 o Estado encomendou um estudo sobre um desvio. Essa longa alça viária, o Arco, funcionará como um desvio da rodovia federal a partir de Igarassu por fora do Recife, cruzando a BR-408 e também a BR-232, para voltar à BR-101 no Cabo de Santo Agostinho.
O projeto do Arco mudou várias vezes e hoje ele deve chegar a 100 quilômetros de extensão. Seu último orçamento, de R$ 1,34 bilhão, também indefinido, pode subir R$ 200 milhões.
passada foi apresentado para licenciamento da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). Esse trecho deve ficar pronto em 2016, avalia o secretário de Infraestrutura, João Bosco de Almeida. “E, se tudo correr como prometido, no ano seguinte sai o lote 1”, comenta, fazendo menção ao trecho que vai de São Lourenço a Igarassu, em estudo.
Bosco lembra que um pacote já em andamento de R$ 212 milhões em recuperação de rodovias estaduais, mais o lote 1, criará um “Arco Alternativo”.
Mas a insegurança sobre a conclusão do Arco envolve a complexidade da obra.
Diante dos desafios de engenharia e do custo alto, de 2011 a 2013 o projeto foi estruturado como parceria público-privada (PPP) por um consórcio da Odebrecht, Invepar e Queiroz Galvão. Nessa versão, o Arco teria menos curvas e rampas. “A rodovia imaginada na PPP seria de alto padrão”, conta Bosco. Mas o Estado precisaria bancar R$ 800 milhões do projeto, que ainda teria pedágio para custear os R$ 1,7 bilhão da obra.
Essa versão do Arco teve licenciamento iniciado pelo Estado, mas o trabalho parou. Em abril de 2013, o governo federal assumiu a obra. Mas o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), por problemas nos direitos autorais com o consórcio, só recebeu o material de 2008.

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