O que se ouve nos bastidores e nos corredores do Tribunal Regional Eleitoral é que, dificilmente, os 15 proporcionais alvos de pedido de impugnação de suas candidaturas pelo Ministério Público Federal consigam sair ilesos. Evidentemente que os casos e processos são diferentes, mas o enquadramento é um só: na Lei da Ficha Limpa.

Até agosto, esses pré-candidatos terão a clareza se poderão continuar no páreo ou se recorrerão ao artifício legal de concorrer sub judice. Nesta situação, correm riscos de serem votados ou até eleitos, mas não terem seus votos computados na apuração das urnas.
Situação desconfortável e complicada, até para se apresentar ao eleitorado, que já irá receber o candidato com olho enviesado, pelo fato de ter entrado no rol dos fichas sujas. Candidato que passa a campanha inteira se explicando já dá a largada com o pé errado, sem a capacidade de convencimento.
O pior é que o eleitor, cada vez mais esclarecido com a consolidação da internet, que democratizou o acesso a todo tipo de informação, abrindo por outro lado a tribuna das redes sociais, resiste a um candidato que pode levá-lo a desperdiçar o seu voto.