Foto: Protesto na Venezuela, país que recebeu US$ 2,3 bi do BNDES
Congresso em foco

Outra frente de apuração é entender um financiamento que a
Odebrecht prestou, sem receber nada até hoje, a uma consultoria que depois
inspecionaria a qualidade das obras do porto construído pela empreiteira em
Cuba, usando recursos do BNDES. Uma planilha, cuja autenticidade é negada pela
empreiteira, revela devolução de pagamentos entre as duas empresas, como mostrou
este site.
A investigação mais recente foi aberta este mês pela Procuradoria da
República no Distrito Federal, motivada pela série de reportagens
do Congresso em Foco sobre o porto de Mariel. O 4º Ofício do
Núcleo de Combate à Corrupção do órgão solicitou documentos e informações ao
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), ao BNDES, à
Odebrecht e à empresa de consultoria Noronha Engenharia. O Ministério Público
determinou ainda que sejam anexados à investigação documentos publicados por
este site sobre o assunto, como contratos, emails e infográficos.
A Procuradoria ainda estuda pedir informações sobre a movimentação bancária
das empresas. De antemão, abriu um inquérito civil público e ainda determinou à
Polícia Federal para instaurar um inquérito criminal sobre o caso.