Em Olinda, a rota do inglês macarrônico

Antônio Assis
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Cleide Alves
JC Online

Foto: Michele Souza/JC Imagem

Custava nada o governo do Estado de Pernambuco ter caprichado mais na sinalização turística implantada no Sítio Histórico de Olinda, às vésperas da abertura da Copa do Mundo do Brasil, às 15h15 de hoje. Que a ideia é boa, ninguém duvida, mas escorregar nas traduções para o inglês e espanhol justo quando a cidade está cheia de turistas estrangeiros não pega bem.

Pense no vexame quando o visitante olhar a placa que indica a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e se deparar com essas traduções: Our Lady of Rosary of Colored Men Church e Iglesia de Nuestra Señora del Rosario de los Hombres Prietos. Como assim, cara pálida? Preto, no idioma de Cervantes nunca foi prieto. Isso é o famoso portunhol.

“Essa palavra não existe em espanhol, o termo correto para definir a cor ou a raça é negro”, ensina o professor do Centro de Idiomas Senac-Recife Walmir Sabino. “Prieto para o ouvido hispânico faz tanto sentido quanto cueca-cola”, brinca o professor.

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