100 ANOS DE CAYMMI: Relação com o Recife rendeu várias amizades e os versos de Dora

Antônio Assis
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Luiza Maia
Diario de Pernambuco

Apenas três lugares foram consagrados com a descrição leve dos versos do compositor baiano Dorival Caymmi, cujo centenário é celebrado no dia 30 de abril. Bahia, terra natal homenageada em clássicos como Você já foi à Bahia? O que é que a baiana tem, responsável por despontar internacionalmente a cantora Carmen Miranda, no fim da década de 1930. Rio de Janeiro, para onde se mudou, de barco (mote para a canção Peguei um ita no norte), aos 23 anos, e morreu, em 2008. E Pernambuco, cujas belezas naturais e culturais foram inspiração para Dora, a fictícia rainha do frevo e do maracatu, o principal símbolo afetivo dele com o Recife.
Era 1941. Caymmi passava temporada na cidade para cumprir contrato na Rádio Clube de Pernambuco. A esposa, Stella Maris (1922-2008), tinha voltado para a Bahia com saudades da filha Nana, recém-nascida. A melancolia provocada pela saudade da família foi anestesiada em um momento. À espera de vaga no Grande Hotel, foi para um bar e assistiu ao desfile do grupo carnavalesco Pão da Tarde. Encontrou uma mulata, “rainha do frevo e do maracatu…”. Nascia a inspiração para Dora.

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